Nasceu em 1895(Itália). Morreu em 1931, foi beatificado em 1996, sua canonização acontece dia 23 de outubro 2011. Fundador dos Missionários Xaverianos, devido ao grande amor que D. Guido tinha por São Francisco Xavier. O milagre que proporcionou sua canonização aconteceu em Santa Luzia, Minas Gerais, no bairro Londrina, onde foi curada uma criança que nasceu com apenas 25 semanas de gestação, pesando 700 gramas e sofreu parada cardíaca por 30 minutos.
Desde os 11 anos de idade, Guido teve uma experiência marcante arrebatadora diante de um Crucifixo. “Este Crucifixo me deu a Vocação”. Ele fixava os olhos em mim e eu olhava para ele, diz D. Guido. Desprendeu seu braço da cruz e apontou para o mundo, para a missão. “O Crucificado fala com a eloqüência do seu sangue”. Ele é à força do missionário, sempre pronto a derramar também seu sangue. Muitos Xaverianos foram martirizados no Bangladesh, no Congo, na China. Os Xaverianos estão também, no Japão, Indonésia, Filipinas, Serra Leoa, Camarões, Burundi, Moçambique, México, Colômbia, Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e Brasil. Foram e são grandes missionários na Arquidiocese de Londrina.
Dom “Guido, apontava para o Crucificado e dizia: “Este é o amor” lembrando de S. Afonso que escreveu:” Assim se ama’’. Dom Guido chamava a sua congregação de “ninho de filhote de águia”. Deviam voar pelo mundo para evangelizar, sendo que o amor de D. Guido era a China, enquanto terra de missão. “Com o Crucificado, o missionário vai triunfar”. Lembra D. Guido, porque ali ele aprende a oferecer-se, consagrar-se e partir. “No Crucificado estão resumidos todos os ensinamentos do evangelho” dizia: E ainda, “fiz o voto de morrer pela cruz”.
Conforti era padre e bispo diocesano com um coração missionário e visão planetária. A missão anuncia o amor do Pai, para que o “mundo seja uma grande família”. Este é outro pilar do carisma Xaveriano: fazendo do mundo uma família de irmãos. “Ide para a missão sem espada, sem ouro nem prata, mas, unicamente com a cruz de cristo. Temos um só Pai, sejamos “uma só família”.
O Sofrimento foi sempre companheiro do rosto Xaveriano. Saúde fraca, provações interiores, sua transferência de Parma para Ravena. Pe. Caio Rastelli, primeiro membro da Congregação e vice-reitor, morre de tifo na China com apenas dois anos de missão naquelas terras. No enterro de D. Guido participaram Cinqüenta mil pessoas e suas ultimas palavras foram: “Vou Ver Deus, meu Salvador”.
A Bíblia foi o combustível do ardor Missionário de D. Guido. Ele sempre escutava a “Palavra silenciosa da cruz”. Lançou um plano pastoral, com o lema: “O Evangelho em todas as famílias’’. Criou a “Sociedade São Jerônimo’’ para a difusão da Palavra de Deus. Dizia ao povo: “Para não errar tiro os meus pensamentos da Sagrada Escritura”. O caminho para o céu é ler, meditar, rezar a Palavra de Deus, afirmava. Seus missionários deviam enfrentar a espada de Deus, afirmava. Seus missionários deviam enfrentar a Palavra para penetrar nos corações, pois o Evangelho é a chave, o segredo, a solução dos problemas da humanidade. Por ser um homem bíblico, D. Guido foi um missionário ousado e audaz. Para ele uma boa pregação “tem a Bíblia por pai e o Evangelho por mãe’’. A Bíblia, dizia “é uma carta do céu enviada à humanidade”.
Para D. Guido, “Deus não concluiu o livro dos prodígios”. Nós somos privilegiados em participar do prodígio de sua canonização que nos impele a ser missionários.
Certamente o carisma Xaveriano continuará cativando o coração de jovens, homens e mulheres a fazer da “salvação de almas’’, a pupila de seus olhos, como queria seu fundador. Ir à procura da salvação das almas, porque “elas são preciosas como sangue divino que as resgatou”. Assim pensava D. Guido. Jovens, dizia,” venho pedir-lhes sua vida para evangelização’’.
Os Xaverianos foram ensinados por D. Guido a serem devotos de “Nossa Senhora da Estrada”. Na verdade, e estrada é a casa do missionário. Precisamos ser “Igreja pé na estrada, Igreja da visitação”. Por fim, eis as palavras de D. Guido aos jovens: “Venho em nome de Deus pedir o sacrifício da vossa juventude, da vossa inteligência, das vossas energias, dos vossos amores mais legítimos e mais queridos, pela missão’’. Parabéns aos Xaverianos e Xaverianas. São Guido Conforti, rogai por nós.
Dom Orlando Brandes
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