“O Senhor não poderia ter sido melhor para conosco nos diz S. Guido Maria Conforti” (Constituições xaverianas nº.1). De fato, celebrar a canonização do nosso Fundador Guido Maria Conforti é um tempo de graça que não podemos deixar passar em vão. Por isso, “é preciso não acontecer que, ocupando-nos da santificação dos outros, descuidemos da nossa, o que aconteceria certamente se não alimentamos todos os dias nosso espírito com os poderosos meios de santificação” (Constituições xaverianas nº.8).
Façamos nossa as palavras do nosso Padroeiro S. Francisco Xavier: "Considerando a grande graça que o Senhor nos concedeu de enviar-nos a estes lugares, sentimo-nos confusos. Achamos que somos nós que servimos a Ele, porque viemos a estes lugares, enquanto foi Ele que nos fez compreender com extrema claridade o grande dom de sua imensa graça, que nos concedeu trazendo-nos ao Japão, livres de todo apego ao que nos poderia impedir de chegar até Ele".
Como viver, comunitariamente e pessoalmente, a graça da Canonização do nosso Fundador? Creio eu, que o maior desafio é entregar completamente a nossa vida em favor do Reino de Deus e da missão. É saber que “a missão não faz parte da nossa vida; a missão é a nossa vida. Eu não tenho uma missão — a missão é que me tem. Ela se torna sempre mais um desafio e exige uma mística: “mística missionária”. Que mística é essa?
O missionário precisa ser uma pessoa apaixonada por Cristo e pela humanidade. Alguém que sonha com a missão, que se faz discípulo do mestre e se deixa conduzir por ele (Cf DAp 277). Deve ser alguém capaz de fazer a globalização do amor conectando os desconectados, isto é, todos aqueles que estão sem notícias de esperança, sem notícias de amor, sem notícias de Deus.
Celebrar a Canonização é celebrar a nossa capacidade de amar. Como o Pai me ama, assim também Eu vos amei! (João 15,9). Como o Pai me enviou, assim também Eu vos envio! (João 20,21). Aprendamos com a garra missionária de Santa Terezinha do Menino Jesus: “Quisera percorrer a terra para ser missionária não um só dia, mas até a consumação dos séculos, para tornar Jesus amado por todos ...compreendi que o amor encerra todas as vocações e que o amor é tudo, abraça todos os tempos e todos os lugares”. Aprendamos com S. Francisco Xavier: “Faça-se amar porque só assim conseguirá influir as pessoas. Se você usa a amabilidade e o bom trato no lidar quotidiano, verá que conseguirá efeitos admiráveis”. Aprendamos com o nosso Fundador: “Precisamos ter uma fé viva que nos leve a ver Deus, amar Deus, procurar Deus em tudo, aguçando em nós o desejo de propagar em toda parte o seu Reino” (Constituições xaverianas nº.10).
Celebrar a Canonização é saber captar os sinais, os toques de Deus na história. Qualquer experiência de Deus, em nosso tempo, que ignore a sua revelação cheia de compaixão pelas multidões de excluídos podemos estar certos de que a experiência só tem aparência. A vida se desenvolve plenamente na comunhão fraterna e justa (Dap 359) Fazer a justiça esperar é uma injustiça. Precisamos promover a Cultura da Solidariedade. Precisamos investir na atitude acolhedora – comunidades sadias, calorosas, fraternas. Não podemos economizar sinais que visibilize isto, pois sem comunhão a congregação, a comunidade e a Igreja morre.
Celebrar a Canonização significa não colocar barreiras para que a Palavra de Deus exerça o seu poder no interior das pessoas com as quais vivemos. O discípulo de Jesus transmite a Boa Notícia pela sua vida, porque a sua vida aparece como Boa Notícia. É reconhecer que lá onde fui enviado é um solo sagrado onde quer desabrochar os sonhos fraternos de diálogo, comunhão, de busca comum da verdade, de ecumênica compaixão. “A piedade deve informar toda a vida do missionário e transparecer em todos os seus atos, de maneira que todos, ao observá-lo, possam reconhecer nele o homem de Deus” (RF. 19).
Celebrar a Canonização significa não colocar barreiras para que a Palavra de Deus exerça o seu poder no interior das pessoas com as quais vivemos. O discípulo de Jesus transmite a Boa Notícia pela sua vida, porque a sua vida aparece como Boa Notícia. É reconhecer que lá onde fui enviado é um solo sagrado onde quer desabrochar os sonhos fraternos de diálogo, comunhão, de busca comum da verdade, de ecumênica compaixão. “A piedade deve informar toda a vida do missionário e transparecer em todos os seus atos, de maneira que todos, ao observá-lo, possam reconhecer nele o homem de Deus” (RF. 19).
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