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8/28/2012

Vocação Missionária [Segunda Parte]

Na diversidade de vocações

São Paulo chama a Igreja de “Corpo Místico de Cristo”. Ele nota como este corpo tem muitos membros e cada um tem suas funções. Um membro difere do outro, mas juntos formam um conjunto harmonioso, com imensas possibilidades de ação. A Igreja também é assim. São tantos membros, cada um com capacidades e funções diferentes. Esta diversidade é fruto da ação do Espírito que distribui, com liberdade, os seus dons. Porque diversas são as faces da missão, diversas devem ser também as faces da missão, diversas devem ser também as vocações ou os carismas.

Todos missionários, mas de modo diferente


Quando dizemos que a Igreja é essencialmente missionária, estamos também afirmando que todos os seus membros são missionários. Ser cristão significa ser chamado a dar a própria contribuição para que todos os povos conheçam Jesus Cristo e vivam os valores do evangelho. 


As comunidades mais amadurecidas na fé, e de certa forma autônomas, são chamadas a contribuir com as mais carentes. O Papa João Paulo II apresenta diversas formas de cooperar com a missão universal. Entre elas está a cooperação espiritual, através da oração, da oferta do próprio sacrifício e do testemunho de vida. Outra forma importante de contribuir com a missão é a animação missionária da própria comunidade, ajudando cada cristão a tomar consciência que ele precisa fazer sua parte pela missão Ad Gentes. Mas o coração da cooperação está Ca promoção das vocações especialmente missionárias (RMi 79). Estas constituem o elemento indispensável da missão, pois como dizia o Apóstolo Paulo, “como crerão se não há quem lhes anuncie”?

Uma vocação específica



Mas como se pode falar de uma vocação especificamente missionária se todos os cristãos são missionários? A resposta aparece de forma muito clara nos documentos da Igreja. Embora todos os cristãos. Em função do próprio batismo, são chamados a contribuir com a missão universal, dedicar-se completamente à vida missionária não constitui uma condição essencial do cristianismo. A grande maioria dos cristãos, pelos compromissos e pela forma de vida que levam, não teriam condições de deixar tudo e partir. Outros nem mesmo sentiriam gosto por isso, ou não sentiriam propriamente esta forma de viver a vida cristã como adequada para si. Em consequência disto, se pode dizer que a vocação missionária pressupõe um chamado específico de Deus. O Concílio Vaticano II afirma que, embora o compromisso de difundir a fé recaia sobre todos os discípulos de Cristo, Ele escolhe aqueles que quer, do meio da multidão, para viver com Ele e enviá-los aos não-cristãos (AG 23).




Adaptação do artigo de: BALSAN, Luiz; GIRARDI, Lírio. Vocação Missionária. Revista MISSÕES, Ano 30, n. 8, abr. 2003. Formação Missionária, p.20. [Segunda Parte]

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