Quem é amigo de Jesus quer que outras pessoas também possam conhecê-lo, se tornando discípulos dele. Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si... Se abrir e se preocupar pelos outros e pelo mundo inteiro. Missão é não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos: a humanidade é maior. Missão é romper barreiras, abraçar o mundo..
Missão é abrir-se aos outros como irmãos. É ir ao encontro dos que estão perto e dos que estão longe, descobri-los e encontrá-los. E, se para encontrá-los e amá-los é preciso voar lá nos céus, então missão é partir até os confins do mundo. Missão é para quem tem coragem. Quem não tem medo de arriscar.... Missão é sem fronteiras porque o mundo é o nosso lar.
QUANTOS SÃO OS CRISTÃOS NO MUNDO?
Qual é a situação atual da evangelização do mundo? João Paulo II diz que ainda o Evangelho não foi anunciado em toda a terra e a todos os povos. A missão ad gentes (para além das próprias fronteiras) está ainda no começo, está ainda longe de seu pleno comprimento. No início do 3o milênio, constatamos que, dos mais de seis bilhões da população mundial, somente pouco mais de dois bilhões (33%) são cristãos e, destes, pouco mais de um bilhão (17,68%) são católicos, sendo já superado pelos muçulmanos.
Os bispos africanos compararam a situação da África com aquela do homem que descia de Jerusalém a Jericó e caiu nas mãos dos assaltantes que o roubaram, o espancaram e o deixaram quase morto.
Saltam, sem dúvida, aos olhos as tragédias: fome generalizada, guerra civil em vários países e regiões (Angola, Sudão etc.). 26 milhões de pessoas estão contaminadas com o vírus HIV que já fez 12 milhões de órfãos.
Esta situação calamitosa contrasta com o potencial do continente. A África esbanja riqueza: diamantes, petróleo, minerais preciosos. São riquezas que não geram prosperidade para as populações locais. O povo é a maior riqueza da África: um povo alegre, amante da vida, capaz de passar por cima das tragédias e das dificuldades, com uma força que surpreende. Povo que nunca desiste, que continua vivendo, rindo e celebrando a beleza da vida. Dizem os bispos: “Esse potencial humano sobreviverá às tragédias”.
A Ásia possui 60% da população mundial e é o maior continente. Ela foi o berço das grandes religiões (hinduísmo, budismo, confucionismo, islamismo, judaísmo e cristianismo).
Por tudo isso a Ásia constitui uma das maiores frentes para o compromisso missionário da Igreja. os cristão são uma ínfima minoria (na Índia o 3.8%; no Japão 1,2%; na Indonésia 9.6%; na China 0,1%). Diante desta realidade, o desafio fundamental para os cristãos é como conciliar diálogo e anúncio.
Já estão acontecendo em muitos países experiências de diálogo da vida, na escuta e conhecimento recíproco, na oração comum, na ação social conjunta. Atualmente, na Ásia a modernização e a tecnologia estão tornando as pessoas uma engrenagem do processo de industrialização. O trabalho explora e desumaniza. Muitos chegam a perder o sentido da vida. O profundo sentido de religiosidade dos povos asiáticos está lentamente se dissolvendo.
Jesus precisou de colaboradores e continua ainda hoje. Os missionários/as se colocam a sua disposição para construir o Reino, levando a Boa Nova a todos os povos da terra. O sonho deles é fazer do mundo uma só família. Todo ser humano, em qualquer canto da terra, em todo lugar, e qualquer estrada, é meu irmão, faz parte da minha família!
Eis-me aqui, Senhor, envia-me!
A missão nos convoca a sair, a deixar a nossa terra, a nossa família, nossa Igreja de origem, os nossos apegos para irmos ao encontro dos outros: outros povos, culturas, raças. A missão nos convoca a ir mais além das fronteiras.
Os desafios são muitos, a missão é nada fácil mas Cristo prometeu: “Eu estarei com vocês”. Que os jovens tenham a coragem de dizer: “Eis-me aqui, Senhor, envia-me!”. Esses jovens encontrarão, à sua frente, uma vida fascinante e conhecerão a alegria profunda de anunciar a “Boa Nova” que faz a humanidade feliz e o mundo melhor.
João Paulo II aos jovens do mundo
“Dirijo meus apelo aos jovens, às suas energias, à sua generosidade, à sua inteligência e dedicação, que nunca falta quando se trata de sustentar uma justa causa... Chamo-vos, exorto-vos, em nome de Cristo Senhor, a tornar-vos anunciadores do Evangelho, a difundir com todas as vossas forças a Palavra salvadora (...), vencendo a tentação do desânimo que leva a fechar-se em si mesmo e à falta de empenho. Não é tempo de ter medo, de delegar a outros esta tarefa, difícil sim, mas sublime. CHAMO-VOS, portanto, e ENVIO-VOS como Cristo enviou os apóstolos. O futuro da Igreja depende de vós, a evangelização da terra, nos próximos decênios, depende de vós!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário