Por: Missionários Xaverianos (Redação: xaverianos.org.br)
Muitos jovens desejam tornar-se missionários e missionárias. Mas a missão não é apenas questão de boa vontade ou de querer salvar o mundo. Olhando para a vida de Francisco Xavier, podemos apontar para algumas qualidades: a primeira, é a capacidade de sonhar em grande, aprender a sonhar com Deus e realizar com ousadia e determinação os sonhos dele em nossa vida ...
Quando se alcança uma certa idade, não páram de passar pela cabeça aquelas perguntinhas que confundem e até criam o frio na barriga: “O que vou fazer, ou gostaria de fazer na minha vida? O que vou ser, ou gostaria de ser?”. Assim começa o sonho que caracteriza a juventude, e que cedo ou tarde pode fazer e construir a sua historia.
Será que você já se fez estas duas perguntas um dia? Mesmo que não tenha ainda uma resposta, isso não importa. O importante é fazer-se estas perguntas. Deixá-las habitar em sua vida e em seu pensamento, é um bom sinal! Um jovem que não sonha não merece ser chamado de jovem.
Então onde está indo? Para onde a vida está te levando? Tudo na vida da gente começa com sonhos. A “história feliz e vitoriosa” de muitas pessoas começou com um sonho, isto é, com algo que está ao mesmo tempo longe e perto do alcance, ao mesmo tempo possível e impossível de se realizar.
RECONSTRUIR CASTELOS?
É isso que a vida de São Francisco Xavier nos ensina. No começo, havia um sonho tão humano, bonito e natural de reabilitar a sua família arruinada pela guerra. Aos 11 anos de idade, ele tinha presenciado, com lágrimas nos olhos, a demolição do seu castelo e a ocupação das terras de seus pais. Não podia pensar em mais nada do que a reconstrução do castelo. Segundo seus cálculos, isso podia acontecer somente se ele se tornasse um homem sábio, um homem culto, um homem de igreja ... Desta maneira ia ganhar muito prestígio e muito dinheiro.
Por isso, pensou em prosseguir seus estudos na universidade de Paris, que era a mais famosa naquela época. Mas Deus escreve certo nas linhas tortas. Deus nos reserva surpresas no nosso caminhar. Soubemos no que deu este sonho de Francisco! Tudo, finalmente, tomou outro rumo ao ouvir repetidas vezes da boca de Inácio:“de que adianta ganhar o mundo inteiro se você perder a sua própria vida?”.
GANHAR NA MEGA-SENA?
Então jovem, não deixe de sonhar! Não deixe de sonhar imaginando que um dia acordará com tudo definido e programado em sua vida. Não deixe de sonhar pensando que um dia “vai pintar” uma luz em algum momento e tudo será resolvido. Não deixe de sonhar procurando soluções mágicas como, por exemplo, ganhar na loteria ou na mega-sena. Não deixe de sonhar deixando que seus pais ou seus irmãos decidam e sonhem por você. Não deixe de sonhar para seguir os caminhos da moda, do mundo, da onda e da “galera”.
É verdade que alguns deixam de sonhar porque o mundo, a sociedade, as circunstâncias da vida os empurram mais cedo na luta para a sobrevivência. Mas não pense que tudo na vida é só uma questão de sorte: isso é o mal do nosso mundo. As conquistas na vida são sempre fruto de um grande sonho no qual se acreditou e para o qual se lutou com ousadia e determinação.
FAZER ESCOLHAS
Os que realizaram seus sonhos, conseguiram porque os levaram a sério, com coragem, com responsabilidade, com perseverança e com esperança. Isso significa que se deve saber “fazer escolhas”, a partir de uma escala de valores. Fazer escolhas significa também renunciar às coisas que não combinam com os nossos sonhos. Isso quer dizer também não se deixar levar pela onda do momento. Não se realiza um sonho sem sacrifício, sem renúncia. Na vida não se pode tudo, como também não se pode ter tudo.
SONHAR EM MUTIRÃO
Enfim, nunca esqueça daquela canção: “um sonho que se sonha só, pode ser pura ilusão, sonho que se sonha juntos é sinal de solução. Então vamos sonhar companheiros, sonhar ligeiro, sonhar em mutirão”. O sonho de Francisco Xavier tornou-se realidade porque sonhou em grande, juntos com seus companheiros. Na noite em que ele falece, tem a companhia de um crucifixo, de um fiel amigo chinês e de um pequeno estojo em seu pescoço com uma relíquia de São Tomé, a fórmula de sua profissão religiosa e as assinaturas de seus amigos recortadas das cartas deles. Tinha deixado a sua “verdadeira família” em Roma para nunca mais revê-la. Mas ela não estava longe: Francisco a guardava sempre no lado esquerdo do peito.
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