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11/21/2013

PRESENÇA MISSIONÁRIA

TESTEMUNHO DOS 60 ANOS 

DOS XAVERIANOS NO BRASIL.

Falar deste “Kairós” , 60 anos dos missionários xaverianos no Brasil, é falar  da minha vida pois no mesmo ano de 1953, ano da chegada deles em nosso País, eu comecei a ser gerado no “ventre de minha mãe”. Por isso posso dizer, vibrante de alegria,  que já no ventre de minha mãe fui chamado por Deus para a vida consagrada, sacerdotal e missionária, podendo até afirmar “ser conduzido para a congregação dos missionários xaverianos.

TESTEMUNHOS DE FÉ

O fato histórico da expulsão dos missionários xaverianos da China, país para o qual estava voltado o Carisma da Congregação fundada por Guido Maria Conforti para levar em frente o sonho de São Francisco Xavier fez com que o grupo destes missionários se espalhassem pelo mundo inteiro. Dentre tantos países onde eles estão presentes, a Igreja do Brasil teve a graça de contar com a colaboração preciosa do carisma e espiritualidade missionária desta congregação. Os primeiros 4 xaverianos chegaram ao Brasil no dia 27 de junho de 1953 e depois muitos outros foram chegando para ajudar na formação da Igreja local, suas paróquias, comunidades e, de maneira especial, animar missionariamente esta Igreja e preparar missionários locais para a evangelização além fronteiras.


SINAIS DE AMOR

São muitas as marcas do amor de Deus deixadas na história nestes 60 anos dos
xaverianos no Brasil. Podemos elencar algumas:
  • As marcas da edificação das Igrejas locais por onde passamos, com suas infra-estruturas e comunidades de fé, a maioria hoje nas mãos do clero local.
  • As marcas da confiança na Igreja local apostando na construção de seminários, colaborando assim para que a nossa Igreja do Brasil pudesse também “dar de sua pobreza” pela causa da evangelização no mundo.
  • A coragem de olhar para os “sinais dos tempos” e deixar-se desafiar pela grande movimentação da população rural para o mundo urbano e se deslocar com ela para as periferias das grandes cidades. Acrescentamos aqui a opção pelos mais pobres, pelas áreas especificamente missionárias dentre elas a causa indígena, a presença nos movimentos sociais e MCS.
  • O respeito com que vários bispos nos tratavam sobretudo pelo nosso passado e nossas opções de vida. O Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns chegou a dizer: “São homens acostumados a inculturar-se”.
  • A nossa colaboração  para a inculturação do nosso carisma e internacionalidade de nossa congregação, sobretudo das Teologias Internacionais
  • O milagre que se deu no Brasil, somado ao milagre acontecido no Burundi – África e que levaram o nosso fundador à glória dos bem-aventurados e santos da Igreja.
  • O nascimento dos Leigos Missionários Xaverianos  onde os grupos estão se multiplicando como verdadeiras células missionárias e que no dizer do documento de Puebla são:  “homens da Igreja no coração do mundo e homens do mundo no coração da Igreja" (Puebla, 786).
  • São muitos os sinais do amor de Deus manifestados nestes 60 anos xaverianos no Brasil, ficando sempre uma janela aberta para vislumbrarmos o horizonte e, sobretudo reconhecer que Deus continua apostando em nosso carisma e espiritualidade missionária fazendo com que muitos jovens e adolescentes  vocacionados batam em nossas portas com o sonho de continuar marcando a história com as pegadas de S. Guido Maria Conforti

PERSPECTIVAS DE ESPERANÇA


Pe. Leão Ochio um dos primeiros missionários xaverianos chegado ao Brasil,  para concluir os seus estudos teológicos, falando aos formandos xaverianos no último EFOX      ( encontro dos formandos xaverianos),  dizia: “Precisamos saber parar e nos escutar; dar tempo para escutar o povo; precisamos nos perguntar: Por que estamos aqui? Temos um projeto que nos orienta em nossa caminhada? Somos fermento missionário na Igreja do Brasil? Somo significativos hoje”?
O Papa Francisco está nos desafiando fortemente para fazermos uma leitura histórica do Concílio Vaticano II e uma leitura orante da Bíblia. “Não podemos ficar enclausurados na paróquia, em nossa comunidade, em nossa instituição paroquial ou em nossa instituição diocesana quando tantas pessoas estão esperando o Evangelho (...) Não é um simples abrir a porta para que venham, para acolher, mas sair pela porta para buscar e encontrar”.
Ajoelhemo-nos diante do crucifixo e tenhamos a coragem do jovem Guido Maria Conforti de sonhar, de “deixar-se surpreender por Deus”, fazendo emergir propostas, projetos que venham ao encontro de uma Igreja mais missionária, misericordiosa e próxima do povo de Deus.

Pe. João Bortoloci Filho

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