“Emanu!” “El!”
“Emanu!” “El!” “Emanu!” “El!”
“Atacar!”
EMANUEL= DEUS CONOSCO
Antigamente, sobretudo no tempo do rei Acaz (735 a.c.)
“Emanu!” “El!” significava apenas um grito de guerra: antes de atacar, o
comandante gritava por três vezes emanu (conosco), e os soldados respondiam, El (Deus).
É o sinal da vitória na guerra.
O antigo
grito de guerra passa a ter agora um significado mais profundo. Antes
significava apenas confiança no Deus que apoiava o povo em suas guerras. Visava
apenas dar coragem aos soldados. Agora significa que Jesus é presença de Deus
entre nós, que nele Deus veio acampar conosco.
A luta
de Jesus parecia tê-lo levado ao fracasso da cruz. Mas Deus estava com ele
também aí: prova disso é que o ressuscitou dos mortos, fazendo dele o Senhor da
vida e da morte. Com ele estava Deus, e ele é Deus conosco. Nossa luta para
estabelecer no mundo o reinado de Deus não vai fracassar. Emanu–El, Deus está conosco.
Na eucaristia, lembramos a luta que
culminou na cruz e a vitória da ressurreição, fazendo, na comunhão, partilha da
vida em plenitude para todos igualmente.
José era um homem justo. Sua justiça,
porém, não se reduzia àquela coisa pequenina de só ver a Lei. Se ele só visse a
Lei, teria denunciado Maria publicamente. Sua justiça, muito além da Lei, era
deixar-se reger pelos critérios do reinado de Deus, Pai de todos, que respeita
a todos, que a todos entende e compreende. Sua justiça “superava de muito a
justiça dos escribas e fariseus”. Essa justiça nos faz muita falta.
Maria passa quase despercebida. É a
figura principal, e nós quase nem a notamos. É a figura principal exatamente
por isto: não pretende aparecer, não está em busca dos holofotes nem das
câmeras. É a figura principal porque foi na sua humildade, em todos os
sentidos, que Deus quis se fazer presente na humanidade.
“A virgem conceberá e dará à luz.” Se,
para a mãe, o filho sempre lembra o pai, para Maria
, Jesus não lembra José, mas
o Espírito de Deus; não lembra uma experiência vivida com o marido, mas Deus,
que a quis. Seu amor ao filho não passa pelo amor do marido, mas vai direto ao
Filho. Seu amor a Jesus é isento de qualquer segundo interesse, é totalmente
puro.
Nosso amor não é puro; nada fazemos sem
um pouco de interesse próprio, sem uma ou mais segundas intenções. A fecundidade
de Maria é tão grande, a ponto de gerar Deus, porque é virginal, porque é pura,
isenta de qualquer segunda intenção.
joaobortoloci@bol.com.br
(tirado da Revista Pastoral)
Nenhum comentário:
Postar um comentário